BONECAS ABAYOMIS E NARRATIVAS INSURGENTES CONTRA O RACISMO E O EPISTEMICÍDIO
Resumo
Este texto propõe uma reflexão inicial sobre os modos de representação das mulheres negras nos museus através do uso de imagens, a partir da consideração de um processo histórico marcado por traumas coloniais que permeiam os corpos da população negra. O estudo que sustenta este manuscrito decorre do desenvolvimento de oficinas educativas e afetivas, de Abayomis, feitas com sobras de retalhos. Essas oficinas de bonecas negras, as Abayomis, são lidas como uma ferramenta educativa e também afetiva, favorecendo reflexões sobre os sistemas representacionais e as práticas afetivas compartilhadas que constroem caminhos possíveis para narrativas insurgentes sobre as mulheres negras. O pensamento feminista negro sustenta os argumentos aqui apresentados, desta forma, são traçadas algumas reflexões acerca da condição social das mulheres negras e também sobre como as oficinas de Abayomis atuam significativamente na produção de estratégias de resistência frente ao racismo, ao machismo e ao epistemicídio que atravessam as existências de mulheres negras.
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