“O SAMBA COMEÇOU E FEZ CONVITE AO TANGO PARA PARCEIRO”? A ARENA LGBTI EM TEMPOS DE OFENSIVA NEOLIBERAL E “CRUZADA ANTIGÊNERO” NO BRASIL E NA ARGENTINA
Resumo
Este artigo apresenta análise documental sobre políticas públicas de trabalho, emprego e renda no Brasil e Argentina, historicizando o processo de disputa entre ativismo LGBTI e os governos pós-ditadura militar nos dois países. As análises derivam de recorte da pesquisa “Participação Social e Políticas Públicas LGBTI: mapeamento crítico feminista das experiências no Brasil, Argentina, Colômbia e Uruguai (2002-2017)”, cujo estudo realizado depreende-se que o processo de organização das lutas da população LGBTI remonta a um tempo em que esses países se encontravam sob uma ditadura militar, entre o final da década de 1960 e 1970. Com a redemocratização, passam a vivenciar experiências distintas de tensionamento entre sociedade civil e o Estado. A demanda por trabalho, emprego e renda subjaz a segmentos diversos, cuja posição de classe social referencia-se de maneira latente, entretanto, a identidade de gênero e a orientação sexual são como marcadores sociais que vão produzir desigualdade social no acesso ao trabalho formal e à proteção social.
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