CONSCIÊNCIA E AMBIÇÃO EM MACBETH E JÚLIO CÉSAR DE SHAKESPEARE: TENSÕES POLÍTICAS E HISTÓRICAS

  • Carlos Roberto Ludwig Instituto Federal do Tocantins http://orcid.org/0000-0002-6846-5774
  • Isnara Peres de Paiva Universidade Federal do Tocantins
  • Rodrigo Poreli Moura Bueno Universidade Federal do Tocantins
Palavras-chave: Consciência. Ambição. Júlio César. Macbeth.

Resumo

Este artigo apresenta uma análise centrada nos problemas da consciência e ambição, como consequentes, em parte, das tensões políticas das peças Macbeth e Júlio César, de Shakespeare. O problema da consciência está intimamente ligado aos problemas da ambição e ao problema político da peça. Em geral, críticos como Knight (2001), Bradley (1986) e Kott (2003) descrevem a peça Macbeth como a peça da consciência. No entanto, eles tomam essa ideia como um fato dado, sem demonstrar os meandros e nuances da consciência na peça. Tampouco apontam os matizes do termo conscience em Shakespeare. O único estudo que toca essa discussão, mas sem entrar muito nas nuances do problema, é Donald A. Stauffer (1949).

Biografia do Autor

Carlos Roberto Ludwig, Instituto Federal do Tocantins

Doutor em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Docente do Curso de Letras: Libras e do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Tocantins (UFT).

Isnara Peres de Paiva, Universidade Federal do Tocantins

Graduada e Mestre em Letras pela Universidade Federal do Tocantins, Câmpus de Porto Nacional. Docente do IFTO.

Rodrigo Poreli Moura Bueno, Universidade Federal do Tocantins

Doutor em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina. Docente do Curso de História e do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Tocantins (UFT).

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Publicado
2020-03-09
Seção
Artigos