ESPAÇO E IDENTIDADE DAS TRAVESTIS EM TEMPOS DE AIDS EM O TRAVESTI (1987), DE ADELAIDE CARRARO
Resumo
O artigo pretendeu analisar as categorias espaço e identidade das travestis no romance O Travesti (1987), de Adelaide Carraro. A obra traz as mazelas que a comunidade LGBTQIAP+ enfrentou durante os anos 1980 ao terem o contato com a AIDS no Brasil. A partir da personagem - protagonista, Jaqueline, e suas colegas de trabalho, é possível verificar a amplitude e peso que as travestis levavam por estarem ou não com a síndrome, visto que os espaços frequentados por uma travesti se tornavam amaldiçoados e inabitáveis. Na metodologia, optou-se por uma pesquisa qualitativa e quanto ao instrumento do tipo bibliográfica, que agrupou Louro (2004), Veras e Pedro (2004), Santos (2002), Candido (2006), Trevisan (2011), Kulick (2008), Barberena e Ferrão (2021), Butler (2016) e entre outros. Como resultado, ficou entendido que os lugares por onde circulavam as travestis eram considerados lugares insalubres e que, numa concepção higienista, precisavam ser expurgados da sociedade.
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