A HISTORICIDADE DOS LIVROS: DO PAPIRO AO CARTONERO
Resumo
Os livros são suportes que, ao longo da trajetória humana, sofreram inúmeras modificações e serviram para registrar, contar, relatar e informar a respeito das diversas ações humanas e os conhecimentos acumulados no fluxo histórico. Assim, através de levantamento bibliográfico, este artigo tem como objetivo discutir a historiografia do livro, bem como ressaltar a relevância deste suporte desde sua gênese, além de considerar o percurso do livro no Brasil. Diante da compreensão de que os livros são também compostos de sentidos carregando as vozes dos seus produtores, apresentam-se os livros cartoneros como estratégia do professor de Língua Portuguesa para um trabalho na perspectiva da elaboração de inúmeros gêneros textuais escritos em sala de aula. Os achados apontam que o livro é um suporte que contribui com a produção escrita com ênfase nos aspectos linguísticos e de escuta das vozes dos sujeitos que o produz.
Referências
BADARÓ, Wilson Oliveira. A cura em Kemet entre 1700 e 1500 a. C.: Anotações, caracterização e conteúdo do papiro de Edwin Smith. In: Revista Eletrônica Discente História.com, Cachoeira, v. 5, n. 9, p. 89-107, 2018. Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das penas. 3 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006 BEZERRA, Benedito Gomes. Do manuscrito ao livro impresso: investigando o suporte. In: CAVALCANTE, Mônica Magalhães et al. (Orgs.). Texto e discurso sob múltiplos olhares: gêneros e sequências textuais. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007.
BEZERRA, Benedito Gomes. Gêneros no contexto brasileiro: questões (meta) teóricas e conceituais 1. Ed. – São Paulo: Parábolas editorial, 2017.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Disponível em: www.basenacionalcomum.mec.gov.br. Acesso em: 04 jul.2020
BORGES, Jorge, Luis. Notas sobre (hacia) Bernardo Shaw. In: Otras inquisiciones Madrid: Alianza, 1997.
BOURDIEU, Pierre. Escritos da Educação. In: NOGUEIRA, Mara Alice; CATERI, Alfrânio (Org.). A escola conservadora: as desigualdades frente à escola e à cultura. 9. Ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2007. – (ciências sociais da educação). Tradução Aparecida Joly Gouveia. p.39-64 CHARTIER, Roger, 1945 A aventura do livro: do leitor ao navegador: conversações com Jean Lebrun/ Roger Chartier; tradução Reginaldo Carmello Corrêa de Moraes — São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo: Editora UNESP, 1998.
CHARTIER, Roger. Os desafios da escrita. São Paulo: UNESP, 2002.
CHARTIER, Roger ¿La muerte del libro? Orden del discurso y orden de los libros Co-herencia, vol. 4, núm. 7, julio-diciembre, 2007, pp. 119-129 Universidad EAFIT Medellín, Colombia CHARTIER, Roger. Práticas de leitura, plataformas digitais e dimensões do tempo: entrevista com Roger Chartier. In: Revista Brasileira de História da Mídia. Vol. 8, nº 2, jul./dez. 2019, p. 226-242
FIORIN, José Luiz (Org.). Linguística? O que é isso? 1. Ed., 1ª reimpressão. – São Paulo: Contexto, 2015.
FIORIN, José Luiz. Introdução à Linguística I: Objetos teóricos/ José Luiz Fiorin (Org.). – 6.ed., 4ª reimpressão. _ São Paulo: Contexto, 2015.
FRAENKEL, Béatrice. Suporte da escrita. In: Charaudeau, Patrick; Maingueneau, Dominique (Orgs.) Dicionário de análise do discurso: São Paulo: Contexto, 2004, p. 461-462.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido/ Paulo Freire – 50 ed. Ver. Atual. – Rio de Janeiro: Paz e terra, 2011.
GERALDI, João Wanderley. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: GERALDI, João. Wanderley. O texto na sala de aula: leitura e produção. 2 ed. Cascavel: ASSOESTE, 1984.
LEAL, Carlos Ivan Simonsen. Da bíblia de Gutenberg à Covid-19. Revista de Administração Pública: Rio de Janeiro 54(4):1161-1165, jul. - ago. 2020 Disponível em: https://www.scielo.br/j/rap/a/cTXRXcnmZQh7NG3KGQJpGJC/?format=pdf&lang=pt Acesso em 05 dez 2021
LÉVY, Pierre. Ciberespaço. São Paulo: editora 34, 1999.
LIMA NETO, Waldemar Cavalcante. Livros Cartoneros: uma estratégia pedagógica de enfrentamento ao bullying escolar. 2019. Dissertação de Mestrado (Programa de PósGraduação em Educação Profissional), Universidade de Pernambuco, Nazaré da Mata – PE.
LOPES, Fernanda Cristina; GARCIA, Sarah Pimentel Palacio. Movimento cartonero visto sob uma concepção de língua sociointeracionista: trajeto latino-americanos e autoria no ensino de espanhol. In: Revista X, v. 16, n.4, p. 991-1010, 2021.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2000.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual: análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola. Editorial, 2008. 296p. (Educação linguística, 2)
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: o que são e como se constituem. Recife: UFPE, Mimeo, 2008.
MARCUSCHI, Luís Antônio. O papel da linguística no ensino de línguas. Revista Diadorim, Rio de Janeiro, 18 volume 2, p. 12-31, jul – dez 2016.
MORAES, Raquel de Almeida; DIAS, Ângela Correia; FIORENTI, Leda Maria Rangearo. As tecnologias da informação e comunicação na educação: as perspectivas de Freire e Bakhtin. In: UNIREVISTA – vol. 1, n.03: jul.2006
PESSIS, Anne-Marie. Imagens da Pré-História. São Paulo: Fundham, 2003.
ROSA, Flavia Goulart Mota Garcia. Os primórdios da inserção do livro no Brasil. In: PORTO, Cristiane de Magalhães (Org.) Difusão e cultura científica: alguns recortes [online]. Salvador: EDUFBA, 2009. p. 75-92
SCHANN, Denise Pahi. 2001. Iconografia Marajara: uma abordagem estructural. In: Rupestre/web. Disponível em: https://equiponaya.com.ar/articulos/marajop.htm Acesso em: 04 dez 2021
TOMASELLO, Michael. The Cultural Origins of Human Cognation. Cambridge, MA: Havard University Press, 1999
VIANNA, Rodolfo. A linguagem pela perspectiva do círculo de Bakthin. In: Odisseia, Natal, RN, v.4, n.1, p.19-33, jan. – jun. 2019.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).