“NÃO QUERO SAIR DA RUA”: PSICANÁLISE EM SERVIÇOS DE ATENDIMENTO A PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA

Palavras-chave: Denegação. Caso clínico. Psicanálise. População de Rua. Assistência Social.

Resumo

O presente artigo apresenta a pesquisa sobre a escuta do não de quem diz não querer sair da situação de rua a partir da clínica psicanalítica na política de assistência social. O método utilizado é o estudo clínico (RODULFO, 2004), com análise a partir do Traço do Caso (DUMÉZIL, 1989), tomando o não como traço que atravessa diferentes casos. Foram levantados dois planos de análise: plano de quem enuncia “Não quero sair da rua” e plano de quem escuta essa negação. A psicanálise possibilita a subversão do não, que é ser acolhido e escutado em sua potência como denegação ao carregar a dubiedade: negação e afirmação. Essa clínica aponta para a construção de formas de transitar na política pública pelo acolhimento à singularidade. Conclui-se que é necessário um acompanhamento que acolha diferentes formas de existir no social, escutando o sujeito que enuncia o não.

Biografia do Autor

Mayara Squeff Janovik, Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2010). É especialista em Saúde Mental Coletiva - modalidade residência pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Possui formação na área da Psicanálise pela Associação Psicanalítica de Porto Alegre. Possui Mestrado em Psicanálise: Clínica e Cultura pela UFRGS. Tem experiência nas áreas de Psicologia, Psicanálise, Acompanhamento Terapêutico, Políticas Públicas e Ensino no curso de Psicologia.

Sandra Djambolakdjian Torossian, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Doutora em Psicologia (UFRGS), Professora Associada do Departamento de Psicanálise e Psicopatologia do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Programa de Pós-graduação em Psicanálise: Clínica e Cultura (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil.

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Publicado
2023-08-11