ESCUTA ÉTICO-POLÍTICA NA (TRANS)FORMAÇÃO DE ANALISTAS PERIFÉRICOS
Resumo
Ao considerar o fazer analítico com articuladores interseccionais como gênero, raça e classe, propõe-se explicitar a importância de uma escuta ético-política na formação e transformação descentralizada de analistas periféricos, tendo como território articulador o Coletivo de Clínica Periférica de Psicanálise de São Paulo-SP (Ermelino Matarazzo, Zona Leste, ocupação Mateus Santos). Embasado na teoria lacaniana, a qual se propõe refletir sobre a subjetividade de nossa época, da contemporaneidade, em articulação com outros saberes, como os feminismos, a teoria queer, a teoria de gênero, a teoria crítica, teoria social, a filosofia, estudos decoloniais, pós-estruturalistas etc. A estratégia é inverter a lógica que aborda apenas os corpos subalternos e submetidos a necropolítica, colocando em jogo a branquitude, a colonialidade, a burguesia, a cisgeneridade, a heterossexualidade e a masculinidade etc. Para tanto, a proposta do trabalho condiz com o que o coletivo idealiza promover: a escuta ético-política a partir das clínicas públicas como direito de todo cidadão que requer cuidados de si, da saúde mental que o Estado deveria priorizar promovê-la, e por consequência, formar e transformar outros analistas.
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