“E QUANDO DE REPENTE A GENTE TEM ESSE USUÁRIO (CEGO)”: OS EQUÍVOCOS NOS DISCURSOS DA INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NA EDUCAÇÃO
Resumo
Neste artigo, analisamos discursividades sobre inclusão. Nosso objetivo é problematizar os discursos já estabilizados da deficiência e da inclusão de pessoas com deficiência no âmbito educacional. Tomamos como base teórica a Análise de Discurso francesa (doravante AD). Nossa proposta é, a partir da noção de sujeito - interpelado pela ideologia e clivado pelo inconsciente -, apreender como os sentidos sobre as pessoas com deficiência são (re)atualizados nas discursividades acerca da inclusão. O corpus de análise é composto por recortes discursivos de enunciados proferidos por agentes educacionais em evento, cuja temática foi “leitura inclusiva e acessível, disseminando boas práticas entre as bibliotecas”, evento realizado pelo GT Tocantins da Rede de Leitura Inclusiva. As análises indicam que as discursividades sobre as pessoas com deficiência, (re)atualizados nas práticas discursivas de agentes educacionais, que estabilizam sentidos, que insistem em deslizar, promovem o apagamento de suas trajetórias históricas de lutas e de (r)existência.
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