A PESQUISA GEOLINGUÍSTICA EM COMUNIDADES TRADICIONAIS NO NORTE DO BRASIL

Palavras-chave: Geolinguística. Amazônia. Comunidades Tradicionais.

Resumo

Este artigo apresenta os caminhos da pesquisa geolinguística na Região Norte do Brasil, sobretudo os estudos sobre o português brasileiro falado em comunidades tradicionais, isto é, em comunidades indígenas, quilombolas ou afro-brasileiras. Atualmente, é possível constatar a produção de atlas linguísticos em áreas urbanas da Região Norte, como o Atlas Linguístico Sonoro do Pará – ALiSPA (RAZKY, 2004), Atlas Linguístico do Amazonas – ALAM (CARDOSO, 2004), Atlas Linguístico do Amapá – ALAP (RAZKY; RIBEIRO; SANCHES, 2017), o Atlas Etnolinguístico do Acre – ALAC (KARLBERG, 2018), Atlas Linguístico Topodinâmico e Topoestático do Estado do Tocantins – ALiTTETO (SILVA, 2018),entre outros. Em relação aos trabalhos geolinguísticos realizados em comunidades tradicionais, constatou-se que há nove pesquisas em área indígena e cinco em comunidades quilombolas ou afro-brasileiras. Neste sentido, acredita-se que as pesquisas geolinguísticas já realizadas no Norte do país oferecem um banco de dados indispensável para o conhecimento cultural, histórico, social, e, sobretudo, linguístico das variedades do português falado na Amazônia brasileira.

Biografia do Autor

Romário Duarte Sanches, Universidade do Estado do Amapá (UEAP)

Pós-doutorado em Letras (UNIFAP). Doutor e Mestre em Letras (UFPA). Graduado em Letras (IESAP). Professor na Universidade do Estado do Amapá (UEAP) e na Universidade Federal do Amapá (UNIFAP). 

Referências

ALVES, Fábio Luidy de Oliveira. Estudo geossociolinguístico do português em contato com as línguas Asuriní do Xingu e Araweté. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Pará, 2018.
BRASIL. Decreto n. 6.040, de 07 de fev. de 2007. Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, Brasília, DF, fev. 2007.
BRITO, Roseanny Melo de. Atlas dos Falares do Baixo Amazonas (AFBAM). Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Amazonas, 2011.
CARDOSO, Denise Ramos. Tabus Linguísticos no Nordeste Paraense: um Estudo Geossociolinguístico. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Pará, 2016.
CARDOSO, Letícia Pinto. Atlas Linguístico dos Falares de Manaus (ALFAMA). Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Amazonas, 2018.
COSTA, Eliane Oliveira da. Estudo geossociolinguístico do léxico do português falado em áreas indígenas de língua Tupi-Guarani nos estados do Pará e Maranhão. Tese (Doutorado). Universidade Federal do Pará, 2018.
CRUZ, Maria Luiza Cardoso. Atlas Linguístico do Amazonas. Tese (Doutorado em Letras) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2004. V. I e II.
DIAS, Marcelo Pires. Atlas Geossociolinguístico Quilombola do Nordeste do Pará. Tese (Doutorado). Universidade Federal do Pará, 2017.
GUEDES, Regis José da Cunha. Perfil geossociolinguístico do Português em contato com línguas Tupí-Guaraní em áreas indígenas dos estados do Pará e Maranhão. Tese (Doutorado). Universidade Federal do Pará, 2017.
JUSTINIANO, Jeiviane dos Santos. Atlas Linguístico dos Falares do Alto Rio Negro (ALFARiN). Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Amazonas, 2012.
KARLBERG, Luísa Galvão Lessa. Atlas etnolinguístico do Acre (ALAC): fronteiras léxicas. Rio Branco: Edufac, 2018.
MAIA, Edson Galvão. Atlas Linguístico do Sul Amazonense (ALSAM). Tese (Doutorado). Universidade Estadual de Londrina, 2018.
MOTA, Jacyra. Andrade. Análises do corpus do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB): balanço do estágio atual. In: MOTA, Jacyra Andrade (et al.). Documentos 5: projeto Atlas Linguístico do Brasil, avaliação e perspectivas. Salvador: Quarteto, 2015, p. 23-70.
PAIM, Marcela. A presença do projeto ALiB nos estudos sobre a língua portuguesa. In: CARDOSO, Suzana (et al.). Documentos 3: projeto atlas linguístico do Brasil. Salvador: Vento Leste, 2012, p. 33-76.
RAZKY, Abdelhak. Atlas linguístico sonoro do estado do Pará (ALiSPA 1.1). Belém: s/ed. 2004. (Programa em CD-ROM).
RAZKY, Abdelhak; RIBEIRO, Celeste Maria da Rocha; SANCHES, Romário Duarte. Atlas Linguístico do Amapá. São Paulo: Labrador, 2017.
RODRIGUES, Maria Doraci Guedes. Mapeamento lexical do português falado pelos Wajãpi no estado do Amapá: uma abordagem geossociolinguística. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Pará, 2017.
ROMANO, Valter Pereira. Percurso historiográfico e metodológico da Geolinguística. Papéis (UFMS), v. 18, p. 135-153, 2014.
SÁ, Edmilson José de; OLIVEIRA, Marilucia Barros de. Redução das proparoxítionas no Atlas Linguístico quilombola do Moxotó-Ipanema de Pernambuco. In: SÁ, Edmilson José de; OLIVEIRA, Marilucia Barros de; SANCHES, Romário Duarte. Diversidade linguística em comunidades tradicionais. Campinas: Pontes Editores, 2018, p. 17-36.
SÁ, Edmilson José de; OLIVEIRA, Marilucia Barros de; SANCHES, Romário Duarte. Diversidade linguística em comunidades tradicionais. Campinas: Pontes Editores, 2018.
SANCHES, Romário Duarte. Atlas Linguístico dos Karipuna do Amapá – ALIKAP. Rio Branco – AC: NEPAN, 2020.
SILVA, Greize Alves da. Atlas Linguístico Topodinâmico e Topoestático do Estado do Tocantins (ALiTTETO).Tese (Doutorado). Universidade Estadual de Londrina, 2018.
SILVA, Maria do Perpétuo Socorro Cardoso da. Atlas Linguístico da Mesorregião do Marajó/PA. Belém: UNAMA, 2005.
SILVA, Maria do Perpétuo Socorro Cardoso da. Um estudo semântico-lexical com vistas ao Atlas Linguístico da Mesorregião do Marajó/PA. Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, 2002.
THUN, Harald. La Géographie Linguistique Romane à la fin du XXe siècle. In: CONGRES INTERNATIONAL DE LINGUISTIQUE ET DE PHILOLOGIE ROMANES, 22, 1998, Bruxelles. ACTES. Tübingen: Niemeyer, 2000. p. 367-388.
Publicado
2022-09-28