A DESSIMBOLIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR NA CONTEMPORANEIDADE: REFLEXÕES SOB O ENLACE CRÍTICO DE DUFOUR E HANNAH ARENDT
Resumo
Baseado na crítica afiada de Dufour refletida em sua obra “A arte de reduzir as cabeças”, ele vem nos mostrar que o Homo sapiens a décadas já vinha sendo transformado pela indústria cultural – uma classe dominante em Homo zapiens, fazendo alusão a prática de “zapear” a Televisão com o uso do controle remoto, no qual tanto as crianças como os seus cuidadores permanecem longas horas do dia, e está transformando a humanidade contemporânea em seres silenciados e submissos a uma influência mascarada, cuja única capacidade é consumir. Não obstante, a educação vem perdendo seus efeitos uma vez que a influência midiática vem tomando o lugar da escola causando um declínio na transmissão cultural no espaço de busca pelo saber. Uma certa inquietação emerge e nos inquire a buscar respostas para um questionamento da seguinte ordem: que tipo de homens está sendo preparados na escola? Sujeitos para a sociedade ou para viver em sociedade? Dando ponte para esta reflexão, Hanna Arendt em sua obra “Entre o Passado e o Futuro" vem endossando a reflexão sob o enlace da crise na educação em tempos sombrios que se vive no presente tempo. Intenta-se aqui observar as reverberações que a educação vem sofrendo nos tempos atuais nos entremeios pandêmicos.
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