IMPACTOS ANTRÓPICOS NA MATA ATLÂNTICA BRASILEIRA: A RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA E O ODS 15 COMO CONTRAPONTOS AO ESTADO ATUAL DO BIOMA

Palavras-chave: Mata Atlântica. Ações antrópicas. Restauração ecológica. ODS 15. Sustentabilidade.

Resumo

O estudo tem como objetivo buscar aportes na literatura para discutir a aplicação da restauração ecológica na Mata Atlântica e, consequentemente, promover o atingimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 15, da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Quanto a sua metodologia, a pesquisa caracteriza-se como bibliográfica e documental. Os principais documentos consultados na pesquisa foram: artigos, dissertações, teses, relatórios de órgãos públicos, relatórios de pesquisa, sites especializados na restauração de áreas degradadas. Os resultados apontam que há um processo de recuperação da Mata Atlântica em curso atualmente, inclusive em estados populosos e densamente industrializados, como São Paulo. A preservação da Mata Atlântica em cumprimento aos preceitos do ODS 15 é essencial para facilitar o acesso aos recursos que atendem as necessidades dos seres humanos e demais seres vivos, favorecendo a sua sobrevivência. Considerando que a Mata Atlântica é o bioma do Brasil que mais sofreu ações antrópicas, desde a interferência dos colonizadores, a partir do século XVI, até as últimas décadas, a possibilidade de incluir sua restauração nos esforços globais para o desenvolvimento sustentável figura como uma oportunidade valiosa de alinhamento entre ações locais e a transição para a sustentabilidade em escala global, conforme preconizado na COP26. Entretanto, a recuperação desse bioma deve envolver um esforço coordenado tanto das esferas governamentais, como também da iniciativa privada, das ONGs e de toda a sociedade brasileira.

Biografia do Autor

Gabriel Barreto Meireles, Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)

Mestre em Sustentabilidade pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas).

Samuel Carvalho De Benedicto, Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)

Doutor em Administração pela Universidade Federal de Lavras (UFLA). Professor do Programa de Pós-Graduação em Sustentabilidade da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas).

Luiz Henrique Vieira da Silva, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Doutorando em Ambiente e Sociedade pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Mestre em Sustentabilidade pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), com bolsa da CAPES.

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Publicado
2023-03-27
Seção
Artigos