A REPRESENTAÇÃO FEMININA EM O CANTO DA CARPIDEIRA, DE LUCELITA MARIA ALVES

Palavras-chave: Literatura Contemporânea. Escrita Feminina. Representação Feminina.

Resumo

O presente artigo pretende fazer uma análise da obra O canto da Carpideira, da escritora contemporânea Lucelita Maria Alves, e discutir sua inserção na literatura contemporânea, apresentando aspectos regionais. A obra traz, em primeiro plano, as mulheres Nena, Cota, Leonilda e Celestina com suas estórias entremeadas pela amizade, lutas, pobreza, resiliência, vida e morte, troca de saberes, imaginário e ancestralidade. Embora o curso da vida das quatro mulheres seja interligado, destacaremos a importância da personagem Celestina, mulher negra que foge dos padrões sociais da comunidade rural de Campineira do Anu Preto, rompendo com os estigmas da representação da mulher negra apenas como corpo sexualizado. A análise bibliográfica será orientada pelos estudos teóricos sobre a literatura contemporânea considerando, sobretudo, a escrita de mulheres e as representações femininas nas narrativas.

Biografia do Autor

Aline Souza da Cruz, Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Mestranda em Letras pela Universidade Federal do Tocantins (UFT). Graduada em Letras pela Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES). Bacharel em Serviço Social pela Universidade Estadual do Tocantins (Unitins).

Referências

ALVES, L. M. O canto da carpideira. Palmas: EDUFT, 2014.

BONICCI, T. Teoria e crítica literária feminista: conceitos e tendências. Maringá, PR: Eduem, 2007.

BOURDIEU, P. A dominação masculina revisitada. (Org.). Daniel Lins; Trad. Roberto Leal Ferreira. Campinas: Papirus, 1998.

CARNEIRO, S. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. (2011) Disponível em: https://www.geledes.org.br/enegrecer-o-feminismo-situacao-da-mulher-negra-na-america-latina-partir-de-uma-perspectiva-de-genero/ Acesso em: 25 de Set. 2020.

DIAS, R. K. O brado de oxum: possibilidades e contradições para a inscrição política da escrita de Conceição Evaristo. Boitatá, Londrina, n. 23, jan-jul., 2017.

ESSER, D. C. Literatura de autoria feminina - mulheres em cena, na história e na memória. Revista Línguas & Letras – Unioeste, v. 15, nº 30, 2014.

EVARISTO, C. Da representação à auto-apresentação da mulher negra na literatura brasileira. Revista Palmares. Brasília, ano 1, n. 1, p. 52-57, ago., 2005.

GINZBURG, J. O narrador na literatura brasileira contemporânea. Tintas. Quaderni di letterature iberiche e iberoamericane, n. 2, 2012, p. 199-221.

JOACHIMSTHALER, J. A literarização da região e a regionalização da literatura. Revista Antares, n°2, jul-dez., 2009.

OLIVEIRA, A. M. O mundo rural na literatura regional de Goiás e Tocantins. Baru. Goiânia, v. 2, n. 1, p. 93-111, jan./jun., 2016.

OLIVEIRA, V. C.; PIRES, L. A. A Presença do Regionalismo na

Literatura Tocantinense: diálogo com Célio Pedreira. Revista Porto das Letras, Porto Nacional, v. 2, n. especial, p. 171-186, 2016.

PELINSER, A. T. O Espaço Regional na Literatura Brasileira: Um Problema de Fronteiras. Travessias Interativas / Ribeirão Preto: SP, nº. 8, v. 4, p. 54–64, jul-dez., 2014.

SANTOS, B. S. Para além do pensamento abissal; das linhas globais a uma ecologia dos saberes. Novos Estudos CEBRAP, São Paulo, no. 79, p.71-94, 2007.

TEIXEIRA, N. C. R. B. Letras e silêncio: a escrita de autoria feminina no Paraná. Maringá, v. 35, n. 1, p. 55-62, Jan.-Mar., 2013.

VASCONCELOS, V. M. F. No Colo das Iabás: Raça e Gênero em Escritoras Afro-Brasileiras Contemporâneas. Brasília, 2014.

VIVIAN, I. M. R. O Inventário das coisas ausentes: Memória, Diáspora e Descolonização na Literatura Brasileira Contemporânea. ANTARES: Letras e Humanidades, Caxias do Sul, v. 11, n. 22, jan./abr., 2019.

ZINANI, C. J. A. Produção literária feminina: um caso de literatura Marginal. ANTARES: Letras e Humanidades – Vol. 6, Nº 12, jul/dez., 2014.

Publicado
2022-02-16