ENTRE MOVIMENTOS E DESCONTINUIDADES: PROTAGONISMO E RESISTÊNCIA NA LUTA ANTIMANICOMIAL EM ALAGOAS

Palavras-chave: Saúde Mental. Luta antimanicomial. Atenção psicossocial. Fórum de Saúde Mental de Maceió. Protagonismo de usuários.

Resumo

A luta antimanicomial no Brasil tem significado resistência permanente contra ameaças de retrocessos no modelo de política de saúde mental alcançado em 2001, resultante do movimento social de reforma psiquiátrica que ganhou fôlego no final da década de 1980. Em Alagoas e em Maceió, a história dos movimentos sociais em torno dessa causa, desde 1997 até os tempos atuais, passa por avanços e descontinuidades. Ressalta-se que o impulso para a mobilização da luta antimanicomial local se orienta quase sempre a partir de iniciativas dos trabalhadores da saúde mental e vinculado a ações dentro dos serviços públicos. Aqui são expostas fragilidades e potências desse processo. O Fórum de Saúde Mental de Maceió, criado em 2018 e recentemente associado à RENILA, vem, através de projeto de extensão universitária da UFAL, assumindo o desafio fomentar o protagonismo de usuários na luta antimanicomial, especialmente durante o distanciamento social vigente na crise pandêmica de 2020.

Biografia do Autor

Claudete do Amaral Lins, CAPS Casa Verde/UNCISAL

Mestre em Educação (UFAL). Terapeuta Ocupacional no CAPS Casa Verde da UNCISAL.

Karla Patrícia André da Rocha Lima, Secretaria Municipal de Saúde de Maceió

Especialista em Gestão e Controle Social em Políticas Públicas (UFAL). Assistente Social no Centro de Atenção Psicossocial – CAPS Dr. Sadi Feitosa de Carvalho da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió. 

Sueli Maria do Nascimento, UFAL

Doutora em Serviço Social (UERJ). Docente na Faculdade de Serviço Social da UFAL. 

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Publicado
2021-06-23