HOMOAFETIVIDADES EM REGIMES AUTORITÁRIOS

memória, identidade e história na literatura amazônica

  • Rubenil da Silva Oliveira Universidade Federal do Pará
  • Carlos Henrique Lopes de Almeida Universidade Federal do Pará

Resumo

O artigo analisa as homoafetividades em regimes autoritários nos romances História de Mayta (1984), de Mário Vargas Llosa e Olho de Boto (2015), de Salomão Larêdo. Para isto foi necessária à leitura de Green (2000, 2014), Figari (2007), Okita (2015), Trevisan (2002), Mott (1994) e outros autores. O tratamento dado aos homoafetivos exigia o sufocamento da sexualidade destes, pois para os líderes políticos a orientação homoafetiva não era digna de confiança. A desconfiança sobre a identidade homoafetiva tem origem no fato de que a identidade sexual é um entre-lugar entre o masculino e o feminino. Portanto, viver a homoafetividade em regimes autoritários era silenciar o desejo sexual em favor da ordem social, caso contrário era julgado como um subversivo, aquele que se colocava contra os discursos dos governantes autoritários e, por essa razão, punidos com os rigores da lei.

Biografia do Autor

Rubenil da Silva Oliveira, Universidade Federal do Pará

Possui graduação em Letras pela Universidade Estadual do Maranhão (2004). Especialização em Mídias na Educação (UFMA) e em Educação de Jovens, Adultos e Idosos (UEMA). Mestre em Letras (UESPI). Doutorando em Letras - Estudos Literários (UFPA). Pesquisa Relações de Gênero na Literatura Afro-brasileira, sobretudo, homoafetividade, feminino e sexualidades, além de pesquisar sobre tecnologias educacionais no ensino de línguas e literaturas, leitura, análise do discurso e formação do léxico português brasileiro.

Carlos Henrique Lopes de Almeida, Universidade Federal do Pará

Doutor em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atualmente é professor adjunto I da Universidade Federal do Pará, atuando na área de Língua e Literatura de Língua espanhola; literatura da América Latina; Literatura e Historia; Nueva Novela Histórica; Literatura Contemporânea; Literatura do descobrimento. Atua no Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) e no Programa de Pós-Graduação Cidades Territórios e Identidades (PPGCITI) da mesma universidade, na docência, orientação e pesquisa.

Publicado
2018-03-02