CORPOREIDADES NEGRAS EM RISCO: O RACISMO ACADÊMICO E SEUS AFETOS

Palavras-chave: Racismo acadêmico. Afeto. Relações de poder.

Resumo

O racismo acadêmico é uma tecnologia de poder cujas práticas de discriminação racial acontecem de forma velada ou explícita em instituições acadêmicas.  Partindo de uma experiência pessoal, o texto pergunta de que modo os circuitos afetivos e as relações de poder sustentam o silêncio e o manejo dos incômodos em torno das práticas do racismo acadêmico que recaem sobre corporeidades negras. O trabalho fundamenta-se teoricamente nas abordagens sobre racismo, afeto e relações de poder.

Biografia do Autor

Mariléa de Almeida, Unicamp

Doutora em História Cultural pela Unicamp. Coordenadora de Pesquisa na Mandata Quilombo da deputada Erica Malunguinho – Alesp. 

Referências

ALMEIDA, Mariléa de. Território de afetos: práticas femininas antirracista nos quilombos contemporâneos do Rio de Janeiro. Tese (Doutorado em História Cultural) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, 2018.

ALMEIDA, Silvio. O que é racismo estrutural? Belo Horizonte: Letramento, 2018.

AMBRÓZIO, Aldo. Empresariamento da vida: discurso gerencialista e processos de subjetivação. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica da Pontifícia) - Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2011.

APPLE, Michel. Ideologia e currículo. São Paulo, Brasiliense, 1982.

BENTO, Maria Aparecida Silva. Branqueamento e branquitude no Brasil. In: CARONE, Iray; BENTO, Maria Aparecida Silva. (orgs). Psicologia Social do racismo: Estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. Petrópolis: Editora Vozes, 2014. p. 25-57.

CARNEIRO, Sueli. A construção do outro como não ser como fundamental do ser. Tese (Doutorado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação - Universidade de São Paulo, 2005.

FANON, Frantz. Pele Negra, máscaras brancas. Tradução: Renato Silveira. Salvador: EDUFBA, 2008.

GILROY. Paul. Prefácio à edição brasileira. In: O Atlântico Negro. São Paulo: Editora 34; Rio de Janeiro: Universidade Candido Mendes, Centros de Estudos Afro-Asiáticos, 2012, p. 9-25.

GOMES, Janaína Damasceno. Elas são pretas: cotidiano de estudantes negras na Unicamp. Dissertação (Mestrado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2008.

GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. In: Revista Ciências Sociais Hoje, Anpocs, 1984, p. 223-44.

hooks, bell. Erguer a voz: pensar como feminista, pensar como negra. Tradução de Cátia Bocaiuva Maringolo. São Paulo: Elefante, 2019a.

_____. Olhares negros: raça e representação. Tradução de Stephanie Borges. São Paulo: Elefante, 2019b.

_____. Ensinando pensamento crítico: sabedoria prática. Tradução: Bhuvi Libanio. São Paulo: Elefante, 2020.

HARDT, Michael. Para que servem os afetos? Intersemiose – revista digital, Recife, ano IV, n. 7, p. 9-14, jan./jun. 2015.

NASCIMENTO, Maria Beatriz. Por uma história do homem negro. In: Beatriz do Nascimento, Quilombola e intelectual: Possibilidades nos dias de destruição. Editora Filhos da África, 2018a, p. 42-49.

_____. “Por uma história do homem negro” In: Beatriz do Nascimento: Quilombola e intelectual. Possibilidades nos dias da destruição. Diáspora Africana: Editora Filhos da África, 2018. Coletânea organizada e editada pela União dos Coletivos Pan-Africanistas, 2018b, p. 413-30.

MBEMBE, Achille. Introdução: O devir-negro do mundo. In: Crítica da Razão Negra. Lisboa: Antígona, 2014, p. 11.

SCHUCMAN, Lia Varner. Entre o encardido, o branco e o branquíssimo: branquitude, hierarquia e poder na cidade de São Paulo: São Paulo: Annablume,2014.

SILVA, Viviane Angélica. Cores da tradição: uma história do debate racial na Universidade de São Paulo (USP) e a configuração racial do corpo docente. Tese (Doutorado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.

SPINOZA, Benedictus de. A origem e a natureza dos afetos. In: Ética. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013, p. 156- 259.
Publicado
2021-01-25