CORPORALIDADES EM ABERTURA: OS CANDOMBLÉS E PERCURSOS DA RESISTÊNCIA INCORPORADA
Resumo
Tendo em consideração o histórico de percepção que o Ocidente construiu para a relação com os corpos desde uma perspectiva que chamaremos de “encarcerantes”, este artigo pretende provocar algumas reflexões sobre os modos como os candomblés entendem, desde suas cosmologias de origem africanas, outras possibilidades de entendimento da corporalidade, que sustentaremos que se encaminham, na contramão ocidental, em abertura. Ao pensar os candomblés como experiências de resistência aos legados persistentes coloniais, buscaremos apontar como as maneiras de pensar a alimentação e sua dimensão corporal, a oralidade e a dimensão de corpo que tem a palavra, a abordagem dos corpos como natureza, e a dimensão coletiva da existência ressignificam a própria percepção dos corpos e da relação que as pessoas têm com eles. Significar os corpos em abertura aponta para possibilidades criativas e resistentes de experimentar outros direcionamentos para nossas experiências no mundo.
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