ANGELA DAVIS: AS ESCREVIVÊNCIAS DE UMA MULHER NEGRA
Resumo
Este texto apresenta uma resenha da obra Uma autobiografia, da filósofa Angela Davis. Mulher negra, ativista e intelectual, a autora retrata o cenário de embates nos âmbitos sociais, políticos e culturais dos Estados Unidos, especificamente entre as décadas de 1960 e 1970. A narrativa não-linear desta obra atravessa a infância da autora, a sua carreira universitária e a sua prisão ilegal, marco histórico que não se tratou apenas de um aprisionamento pessoal, mas, também, de uma tentativa de criminalização do Movimento Negro. As reflexões trazidas pela autora versam, principalmente, sobre o feminismo negro, além de demonstrarem o racismo estrutural e institucional presentes nas instituições carcerárias e, portanto, na sociedade, no contexto estadunidense. De maneira geral, Davis (2019) tece suas escrevivências por meio da autobiografia, descrevendo suas experiências enquanto mulher negra em meio a um grande movimento contra a opressão.
Referências
DAVIS, Angela Y. Uma autobiografia. Tradução Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2019.
EVARISTO, Conceição. Da grafia-desenho de minha mãe, um dos lugares de nascimento de minha escrita. In: ALEXANDRE, Marcos Antônio. (Org.). Representações performáticas brasileiras: teorias, práticas e suas interfaces. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2007. p. 16-21.
NOGUEIRA, Oracy. Preconceito racial de marca e preconceito racial de origem: sugestão de um quadro de referência para a interpretação do material sobre relações raciais no Brasil. Tempo Social, São Paulo, v. 19, n. 1, p. 287-308, 1 jun. 2007. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20702007000100015&lng=en&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 12 ago. 2020.
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