CRUZ CREDO! LENDO A CIDADE DE PORTO VELHO POR MEIO DE NARRATIVA DE ASSOMBRAÇÃO
Resumo
O presente trabalho faz parte de uma pesquisa que objetiva revisitar Porto Velho por meio de leituras plurais que permitam novas interpretações sobre a referida urbe, dentre elas, a que optamos para elaboração deste artigo que é a de conhecer a cidade através de uma narrativa de assombração, surgida a partir da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, denominada de “Matinta Perera e a Mulher Cobra”. A voz da narrativa nos conduz, pelo assobio da Matinta, a becos, lugares escuros, assombrosos e às paisagens de medo. A narrativa possibilita a visão da localidade em suas rugosidades e nos ensina que, se quisermos efetivamente conhecer Porto Velho, em dias atuais, devemos aprender que para lermos o espaço urbano, seja ele qual for, é necessário desvendar seus códigos e interpretá-lo em suas nomeações, explicações e ordenações. A pesquisa em tela se apoia no aporte teórico de Zumthor (1997; 2018) que nos auxilia a escutarmos a voz da narrativa; Hardman (2005), Ferreira (1982), Nogueira (2015) que possibilitaram um diálogo com o início da formação da cidade e da construção da E.F.M.M, FERRARA (1999), Santos (2002) e Matos (2000), que permitem ler o lugar como texto.
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