OS DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES: SUA AMEAÇA NA ERA DA PÓS-VERDADE E FAKE NEWS
Resumo
As plataformas digitais são cada vez mais utilizadas para o desenvolvimento de trabalhos e empoderamento social das mais diversas classes e categorias, é também o lócus onde emergem fenômenos como a pós-verdade e fake news. Assim, surge a pergunta norteadora do artigo: de que maneira a era da pós-verdade e fake news tem contribuído ou não para a consolidação do direito humano de igualdade da mulher? Através do método hipotético-dedutivo com a utilização de análise bibliográfica e pesquisas quantitativas e qualitativas o objetivo geral da pesquisa foi verificar como esses fenômenos impactam diretamente na minimização ou maximização da desigualdade de gênero. A conclusão é que os entraves para concretização dos direitos humanos das mulheres são potencializados na internet que além de projetar a vida off-line, ainda a distorce, sendo um campo para desinformação e propagação do ódio.
Referências
ABRAM, Laís. Desigualdades de gênero e raça no mercado de trabalho brasileiro. Cienc. Cult., São Paulo, v. 58, n. 4, p. 40-41, Dec. 2006. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252006000400020&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 27 mai. 2019.
ALVES, Fernando B.; LIMA, Jairo Néia. Notes for an Economy of moral disagreements in unequal societies. Revista Oficial do Programa de Mestrado em Direito Constitucional da Escola de Direito de Brasília – Instituto Brasiliense de Direito Público, 2016.
ANTON, Iara L. C. A escolha do cônjuge, um entendimento sistêmico e psicodinâmico. Artmed. 2012, p.32
BANDEIRA, Lourdes. Três décadas de resistência feminista contra o sexismo e a violência feminina no Brasil: 1976 a 2006. Brasília, 2009. Sociedade e Estado, v.24, n. 2, p. 401-438. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/se/v24n2/04.pdf. Acesso em: 20 abr. 2019.
BRASIL. Lei Maria da Penha. Lei n. 11.340/2006. Coíbe a violência doméstica e familiar contra a mulher. Presidência da República, 2006.
BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo: Fatos e mitos. Tradução Sérgio Milliet – 3ª ed. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016.
CASTILHO, Carlos. Apertem os cintos: estamos entrando na era da pós-verdade. In: Observatório da Imprensa. Ed.932. 29 de janeiro de 2017. Disponível em: https://objethos.wordpress.com/2016/09/26/comentario-da-semana-apertem-os-cintos-estamos-entrando-na-era-da-pos-verdade/. Acesso em: 06 fev. 2017.
COSTA, Ana Alice A. O movimento feminista no Brasil: dinâmicas de uma intervenção política. Revista Gênero 2005.
Relatório final quantitativo: Pesquisa eles por elas 2016. Disponível em: http://www.onumulheres.org.br/wp-content/uploads/2018/04/Relatorio_ONU_ElesporElas_PesquisaQuantitativa2016.pdf. Acesso em: 02 fev. 2019.
DALRYMPLE. Theodore, 1949- Em defesa do preconceito: a necessidade de se ter ideias preconcebidas / Theodore Dalrymple; tradução Maurício G. Righi, - 1. ed. - São Paulo: É Realizações, 2015.
D’ANCONA, Matthew. Pós-verdade. A nova guerra contra os fatos em tempos de fake News. Barueri: Faro Editorial, 2018.
KARAWEJCZYK, Mônica. Os primórdios do movimento sufragista no Brasil: o feminismo “pátrio” de Leolinda Figueiredo Daltro. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/iberoamericana/article/viewFile/15391/12462. Acesso em: 23 mai. 2019.
LUISA, Ingrid. Dicionário oxford escolhe a palavra do ano. Disponível em: https://super.abril.com.br/sociedade/dicionario-oxford-escolhe-a-palavra-do-ano/. Acesso em: 22 mai. 2019.
MACEDO. Karen T.M. Conflitos sociais contemporâneos: possíveis causas e consequências dos linchamentos virtuais. Revista Humanidades e Inovação v.5, n. 4 - 2018
Marco Normativo para consolidar a democracia paritária. ONU mulheres, por um planeta 50-50 em 2030 um passo decisivo para igualdade de gênero. Disponível em http://www.onumulheres.org.br/wp-content/uploads/2018/06/Marco-Normativo-Democracia-Paritaria_FINAL.pdf. Acesso em: 22 mai. 2019.
MENEZES, Daniel F.N.; RIBEIRO, Eduardo Papamanoli. Definindo a fundamentabilidade dos direitos. Revista Jurídica (0103-3506), 2014, Vol. 34 Issue 1, p.97-111.
MIHAILIDIS, Paul; VIOTTY, Samantha. Spreadable Spectacle in Digital Culture: Civic Expression, Fake News, and the role of Media Literacies in “Post= Fact” Soety. American Behavioral Scientist 1-14, 2017.
MONOD, Jean-Claude. 2017. Between Post-Truth and Epistemocracy: Positioning a Democratic Politics. Eurozine, September 27. Disponível em: https://www.eurozine.com/between-post-truth-and-epistemocracy-positioning-a-democratic-politics/. Acesso em: 28 jun. 2020.
ROSSO, Paulo Sérgio; ALVES, Fernando de Brito. Igualdade formal e desigualdade utilitária: os discursos de legitimação da exclusão em Aristóteles e Rawls. Argumenta Journal Law, Jacarezinho - PR, n. 7, p. 69-86, fev. 2013. ISSN 2317-3882.
RUBIO, David Sánchez. Encantos e desencantos dos direitos humanos: de emancipações, libertações e dominações. Tradução: Ivone Fernandes Morcilho Lixa, Helena Henkin. – Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2014. Disponível em: http://seer.uenp.edu.br/index.php/argumenta/article/view/73/73. Acesso em: 27 mai. 2019.
SORJ, Bernardo. Internet, espaço público e marketing político: entre a promoção da comunicação e o solipsismo moralista. Novosestud. - CEBRAP, São Paulo, n. 76, p. 123-136, Nov. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-33002006000300006&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 24 nov. 2016.
STIPP, Luna. Participação popular no espaço público cibernético: uma análise sob a ótica da teoria discursiva e da ação comunicativa de Jürgen Habermas. Universidade Estadual do Norte do Paraná, 2017.
WILLIANS, Bernard. Truth and Thuthfulness: An essay in genealogy. (2004)
VALENTE, Mariana; NERIS, Natália. Elas vão feminizar a internet? O papel e o impacto do ativismo online para os feminismos no Brasil. Revista Internacional de Direitos Humanos. 27.ed. Julho de 2018.
VOSOUGHI, Soroush; ROY, Deb; ARAL, Sinan. The spread of true and false news online. Science, 2018.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).