ESPAÇO E EDUCAÇÃO NO CONTEXTO DE HABERMAS
Resumo
Este texto foi construído através da compreensão da educação a partir dos paradoxos da ação comunicativa em Habermas, por ser um filósofo que aceita o desafio de pensar a razão e a modernidade partindo de um diagnóstico da linguagem operada na estruturação do conhecimento escolar em qualquer espaço, dentro e fora da esfera pública. Nessa condição, colocam-se como hipótese as contradições postas na mudança estrutural da esfera pública efetivada na categoria sociedade burguesa. Essa condição, por sua vez, dá ao conhecimento escolar uma prerrogativa sem fronteiras, em relação à pregação liberal sobre a natureza das instituições, dos lugares, espaços e territórios, caracterizados como público, particular, nacional, internacional, rural ou urbano, determinado por interesses individuais em oposição ao sistema educacional tradicional e estável. De outro lado, interrogam-se sobre as bases normativas que caracterizariam a ação comunicativa na educação a partir da diferenciação do tempo e do espaço na produção e reprodução das diversidades epistemológicas e cognitivas. Nessa condição, o desenvolvimento da esfera pública particular ou estatal, apresentadas por Habermas como objetos da ação comunicativa funcionam como uma linguagem sedutora e indutora na construção dos aspectos contraditórios da educação, sinalizando uma base de pertencimento instrumental para legitimar os interesses liberais urbanos pela educação, gerador de possibilidades de avanços em diferentes espaços, historicamente equidistantes da competição liberal. Por isso, a opção em trabalhar a recepção da ação comunicativa de Habermas, nos espaços menos competitivos da economia e da educação.
Referências
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