PROSPECÇÃO TECNÓLOGICA E A AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE HARPAGOPHYTUM PROCUMBENS (GARRA-DO-DIABO) E SEU EFEITO ANTI-INFLAMATÓRIO

  • Camila Bianca Ferreira da Rocha Universidade Federal de Alagoas – UFAL, Instituto de Ciências Farmacêuticas – ICF, Programa de Pós Graduação em Ciências Farmacêuticas – PPGCF https://orcid.org/0000-0003-2733-8290
  • Maria Julia Pereira Reis Programa de Pós Graduação em Ciências Farmacêuticas UFAL https://orcid.org/0000-0001-5510-1640
  • Robert Rodrigues Alves Universidade Federal de Alagoas – UFAL, Instituto de Ciências Farmacêuticas – ICF, Programa de Pós Graduação em Ciências Farmacêuticas – PPGCF https://orcid.org/0000-0001-8212-002X
  • Maria Aline Barros Fidelis de Moura Universidade Federal de Alagoas – UFAL, Instituto de Ciências Farmacêuticas – ICF, Programa de Pós Graduação em Ciências Farmacêuticas – PPGCF https://orcid.org/0000-0002-8068-8946
  • Luciano Aparecido Meireles Grillo Universidade Federal de Alagoas – UFAL, Instituto de Ciências Farmacêuticas – ICF, Programa de Pós Graduação em Ciências Farmacêuticas – PPGCF https://orcid.org/0000-0001-8812-6342
  • Ticiano Gomes do Nascimento Universidade Federal de Alagoas – UFAL, Instituto de Ciências Farmacêuticas – ICF, Programa de Pós Graduação em Ciências Farmacêuticas – PPGCF https://orcid.org/0000-0002-3856-8764
Palavras-chave: Harpagophytum procumbens. Anti-inflamatório. Artrite. Osteoartrite.

Resumo

O presente trabalho surgiu da necessidade de compilar dados sobre as informações farmacológicas da planta medicinal conhecida, popularmente, como garra-do-diabo (Harpagophytum procumbens), na tentativa de avaliar sua aplicação anti-inflamatória no mercado tecnológico, principalmente em doenças osteomusculares, a saber a artrite e a osteoartrite (artrose). A partir deste levantamento, pretende-se impulsionar e estimular mais pesquisas, auxiliando no impacto social, econômico, funcional e terapêutico deste mercado tendo como base, para tanto, as publicações mais recentes de artigos científicos e patentes. Foi realizada uma busca de patentes e artigos científicos contendo as seguintes palavras-chave: nome científico da planta e descritores relacionados à inflamação osteomuscular (artrite e artrose), na língua inglesa. As seguintes bases de dados concernentes ao depósito de patentes utilizadas foram: USPTO, WIPO, The Lens  e Questel Orbit. Além disso, uma busca de artigos científicos para a construção teórica e embasamento cientifico acerca do tema foi realizada, usando as bases de dados The Lens, Periodicos Capes, Scielo, Medline, Nature e PubMed. A partir deste levantamento e referencial teórico foram encontradas 662 patentes totais e 2786 artigos científicos utilizando a garra-do-diabo como alternativa para o tratamento de inflamações osteomusculares.

Biografia do Autor

Camila Bianca Ferreira da Rocha, Universidade Federal de Alagoas – UFAL, Instituto de Ciências Farmacêuticas – ICF, Programa de Pós Graduação em Ciências Farmacêuticas – PPGCF

Atualmente é mestranda no programa de pós-graduação em ciências farmacêuticas com ênfase em bioquímica.

Maria Julia Pereira Reis, Programa de Pós Graduação em Ciências Farmacêuticas UFAL

Atualmente é Mestranda do Programa do Pós Graduação em Ciências Farmacêuticas - PPGCF/UFAL.

Robert Rodrigues Alves, Universidade Federal de Alagoas – UFAL, Instituto de Ciências Farmacêuticas – ICF, Programa de Pós Graduação em Ciências Farmacêuticas – PPGCF

Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal de Alagoas (2018).

Maria Aline Barros Fidelis de Moura, Universidade Federal de Alagoas – UFAL, Instituto de Ciências Farmacêuticas – ICF, Programa de Pós Graduação em Ciências Farmacêuticas – PPGCF

Professora Associada II da Universidade Federal de Alagoas - UFAL, curso de Farmácia.

Luciano Aparecido Meireles Grillo, Universidade Federal de Alagoas – UFAL, Instituto de Ciências Farmacêuticas – ICF, Programa de Pós Graduação em Ciências Farmacêuticas – PPGCF

Professor Associado da Universidade Federal de Alagoas.

Ticiano Gomes do Nascimento, Universidade Federal de Alagoas – UFAL, Instituto de Ciências Farmacêuticas – ICF, Programa de Pós Graduação em Ciências Farmacêuticas – PPGCF

Professor Associado IV da Universidade Federal de Alagoas.

Referências

ALONSO, J. R. (1998). Tratado de fitomedicina – bases clínicas e farmacológicas. Buenos Aires: Isis.

ANAUATE, M. C. C.; DE MELLO, S. B. V. Efeitos dos extratos de Harpagophytum procumbens (garra-do-diabo) e suas frações na atividade da COX-1 e COX-2 e na produção de NO no sangue total. 2007. USP. São Paulo-SP.

ANVISA. (14 de março de 2013). Resolução - rdc nº 13, de 14 de março de 2013. Brasil. Acesso em: 15/09/2019.

ANVISA. (2014). Resolução De Diretoria Colegiada – Rdc Nº 26, De 13 De Maio De 2014. Brasil. Acesso em: 15/09/2019.

ANVISA. (2016). MONOGRAFIA DA ESPÉCIE Harpagophytum procumbens DC. ex Meissn. (“GARRA-DO-DIABO”). Portal Brasil Ministério da Saúde. Acesso em: 15/09/2019.

BENITO, PB; LANZA, A.M.D.; SEM, A.M.S; GALINDEZ, J.S; MATELLANO, E.F.; GOMES, A.S.; MARTINEZ, M.J.A. Effects os some iridoids from plant origin arachodonic acid metabolismo in cellular systems. Planta Médica. 2000. 66:324, 328.

BRASIL; MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS). Programa nacional de plantas medicinais e fitoterápicos. 2009.

BRASIL. (6 de março de 2009). MS elabora Relação de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS. Acesso em: 15/09/2019.

BRASIL. (2012). 12 Fitoterápicos na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME). Brasil. Acesso em: 15/09/2019.

Brasil. (2015). MONOGRAFIA DA ESPÉCIE Harpagophytum procumbens DC. ex Meissn. (“GARRA-DO-DIABO”). Portal Brasil Ministério da Saúde. Acesso em: 15/09/2019.

CHANTRE P. et al. Efficacy and tolerance of Harpagophytum procumbens versus diacerhein in treatment of osteoarthritis. Phytomedicine. 2000; 7(3): 177-183. Disponível em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S094471130080001X. Acesso em 07/09/2019.

CLARKSON C, STAERK D, HANSEN SH, SMITH PJ, JAROSZEWSKI JW. Discovering new products directly from crude extracts by HPLC-SPE-NMR: chinane diterpenes in Harpagophytum procumbens. Journal of Natural Products. 2006;69(4):527-30.

COSTA, A. Farmacognosia. 2002. Vol. 3. 5ª Edição. Fundação Caloute Gulbenkian (Lisboa).

CZYGAN FC, KRÜGER A. Pharmaceutical-biological studies of the genus Harpagophytum. Communication 3: distribuition of the iridoid glycoside harpagoside in the different organs of Harpagophytum procumbens DC and Harpagophytum zeyheri Decne. Planta Medica. 1977;31:305-7.

ERVANARIUM. (4 de março de 2018). Fonte: http://www.ervanarium.com.br/planta/29/espinheira-santa. Acesso em: 15/09/2019.

FARIAS, T.P., FARIA, F.A.. Prospecção tecnológica de patentes para produção de produtos medicinais à base de morinda. Cad. Prospec., Salvador, v. 11, n. 1, p.139-145, jan./mar.2018.

FERREIRA, Aurélio B. de H. Novo dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, s.d., 1499 p. (12ª. Impressão).

INPI. Disponível em: <http://www.inpi.gov.br/>. Acesso em: 08 out. 2019.

LEBLAN D, CHANTRE P, FOURNIE B. Harpagophytum procumbens in the treatment of knee and hip osteoarthritis. Four-month results of a prospective, multicenter, double-blind trial versus diacerhein. Joint, bone, spine: revue du rhumatisme. 1999; 67(5): 462-467. Disponível em: http://europepmc.org/abstract/med/11143915.

LOEW, D.; MOLLERFELD, J.; SCHRODTER, A.; PUTTKAMMER, S.; KASZKIN, M. Investigations on the pharmacokinetic properties of Harpagophytum extracts and their effects on eicosanoid biosynthesis in vivo and ex vivo. Clinical pharmacology & therapeutics. 2001; 69 (5): 356-64.

MARQUES LUIS C., SOUZA CARLOS M. Research and Development of Phytomedicines: Report of Experience on a Brazilian Pharmaceutical Company. Revista Fitos Vol.7 - n°01. janeiro/março 2012.

MNCWANGI N, CHEN W, VERMAAK I, VILJOEN AM, GERICKE N. Devil's Claw - a review of the ethnobotany, phytochemistry and biological activity of Harpagophytum procumbens. Journal of Ethnopharmacology. 2012;143(3):755-71.

NOGUEIRA, FLÁVIA. Música & Saúde, janeiro de 2011. Disponível em: <http://musicasaude.blogspot.com.br/2011/01/qual-importancia-de-uma-publicacao.html>. Acesso: 11 out. 2019. ISSN: 2237-9924.

PASSOS, LUIZ FERNANDO DE SOUZA. Artrite reumatoide: novas opções terapêuticas. Uso Racional de Medicamentos: fundamentação em condutas terapêuticas e nos macroprocessos da Assistência Farmacêutica. ISBN: 978-85-7967-108-1 Vol. 1, Nº 15 Brasília, setembro de 2016.

QI J, LI N, ZHOU JH, YU BY, QIU SX. Isolation and anti-inflammatory activity evaluation of triterpenoids and a monoterpenoid glycoside from Harpagophytum procumbens. Planta Medica. 2010 Nov;76(16):1892-6.

RICHARD A. GOLDSBY, THOMAS J. KINDT, BARBARA J. OSBORNE (2002). Kuby Imunologia 4 ed. [S.l.]: Revinter. ISBN 85-7309-637-3 ISSN: 2237-9924.

ROBBINS & COTRAN. Patologia: Bases patológicas das doenças. 8ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 1458p.

SAMUELSEN, A.B. The traditional uses, chemical constituents and biological activities of Plantago major L. A review. Journal of Ethnopharmacology 71 (2000) 1–21. 2. OMS. Plants in the South Pacific. Manila: WHO, 1998. 148-149p.

TEIXEIRA, J., BARBOSA, A., GOMES, C., & EIRAS, N. (2012). A Fitoterapia no Brasil: da Medicina Popular à regulamentação pelo Ministério da Saúde. Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil.

TUROLLA, M., & NASCIMENTO, E. (2006). Informações toxicológicas de alguns fitoterápicos utilizados no Brasil. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences, 42(2), pp. 289-306.

VASCONCELOS, ANILTON CESAR. Patologia Geral em Hipertexto. Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, Minas Gerais (2000).

VINAY KUMAR, ABUL K. ABBAS, NELSON FAUSTO (2005). Robbins e Cotran: Patologia. Bases Patológicas das Doenças 7 ed. [S.l.]: Elsevier. 1504 páginas. ISBN 85-352-1391-0.

WARNOCK M, et al. Effectiveness and safety of Devil's Claw tablets in patients with general rheumatic disorders. Phytotherapy Research. 2007; 21(12): 1228-1233. Disponível em: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/ptr.2288/abstract . Acesso em 14/09/2019.

Publicado
2020-03-16
Seção
Artigos