SOMOS TODAS MARIAS

Vanuza Maria Paulino Moura; Adriano Batista Castorino; Rosane Duarte Rosa Seluchinesk

Vanuza Maria Paulino Moura
Adriano Batista Castorino UFT
Rosane Duarte Rosa Seluchinesk Universidade do Estado de Mato Grosso

Resumo

Este artigo tem como finalidade compartilhar as experiências vivenciadas por mulheres durante o processo de divórcio e de como esse direito, mesmo sendo legitimado ainda é extremamente complexo, pois envolve não só um rompimento de relação entre duas pessoas, mas sim o entendimento de que ocorre uma ameaça a instituição familiar e a sua função social. A metodologia aqui utilizada foi a conversa aberta. Um método a partir da história de vida. Em seguida passa-se a uma redação do texto garantindo a palavra tanto da autora quanto da entrevistada. Os resultados dessa empreitada foram muito bons. A conversa flui bem e eu pude concluir que o primeiro passo para vencer a violência contra as mulheres também está no fato de que elas terão de falar, terão de ter direito à voz.

Biografia do Autor

Vanuza Maria Paulino Moura

Sou professora, formada em Pedagogia e Pós Graduada em Orientação Gestão, Supervisão Educacional e Coordenação Pedagógica, atualmente estou conclindo o curso de Pós em Direitos Humanos e trabalhos na coordenação de programas educacionais nas prefeituras de Pedro Afonso e Bom Jesus do Tocantins TO.

Adriano Batista Castorino, UFT

Possui graduação em Letras pela Universidade Federal de Goiás (2004), mestrado em Ciências do Ambiente pela Universidade Federal do Tocantins (2011) e doutorado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2014).

Rosane Duarte Rosa Seluchinesk, Universidade do Estado de Mato Grosso

Professora Adjunta da Universidade do Estado de Mato Grosso, possui graduação em Pedagogia pela UFMT, Mestrado em Educação pela UFPR, Doutorado em Desenvolvimento Sustentável pela UNB e atualmente está em pós-doutorado em Estudos de Genero na UNAM-Mexico.

Referências

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.

BRASIL. Emenda Constitucional nº 66, de 13 de Julho de 2010. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 2010.

COUTINHO, S. M. S. "A dona de tudo": o que é ser mulher, mãe e esposa de acordo com as representações sociais de mulheres de duas gerações. Vitória, 2008. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Psicologia, UFES.

DEL PRIORE, M. . História do amor no Brasil. São Paulo: Contexto, 2005.

DIAS, Maria Berenice. Divórcio e dignidade feminina. Disponível em: http://www.ibdfam.org.br/. Acesso em: 19 de maio de 2016.

DUARTE, R. Pesquisa qualitativa: reflexões sobre o trabalho de campo. Cadernos de pesquisa, São Paulo, n. 115, março, 2002.

JUSBRASIL. A trajetória do divórcio no Brasil. Disponível em: <http://ibdfam.jusbrasil.com.br/noticias/2273698/a-trajetoria-do-divorcio-no-brasil-a-consolidacao-do-estado-democratico-de-direito>. Acesso em: 25 de maio de 2016.

NORONHA, Alice Ana Matos. Divórcio: um passo para a liberdade. Revista Direito & Dialogicidade, Ano III, v.III, dez. 2012 Universidade Regional do Cariri – URCA. ISSN 2178-826X.

OLIVEIRA, Maria Engel de. ORKUT: o impacto da realidade da infidelidade virtual. Rio de Janeiro, 2007. Dissertação (Mestrado em Psicologia). Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

POLLAK, Michael. (1982). Memória e identidade social. In: Estudos Históricos. Rio de Janeiro, vol. 5, nº 10, p. 200 a 215.

PORCHAT, Ieda (Org.). Amor, casamento e separação: a falência de um mito. São Paulo: Brasiliense, 1992.

ROSSI, Aline. A culpabilização e silenciamento da mulher. Cuiabá, 2015. Disponível em: <https://mundodesalienado.wordpress.com/2015/04/23/a-culpabilizacao-e-silenciamento-da-mulher/> . Acesso em: 17 de maio de 2016.

SALEM, T. “Homem já viu, né?”: representações sobre sexualidade e gênero entre homens da classe popular. In: M. L. Heilborn, Família e sexualidade. Rio de Janeiro: FGV, 2004. p 15-61

SANCHES, M. A. P. . A Família por limite: Relações de trabalho e vida familiar na Bahia Republicana. Humanas (Feira de Santana), Feira de Santana/UEFS, v. v.2, n.jul /dez-, p. 123-147, 2002.

SARTI, Cynthia A. Feminismo e contexto: lições do caso brasileiro. Cadernos Pagu (16) 2001: pp.31-48.

SILVA, Marcos Vinicius Medeiros da. Mitos, memórias e infância em Órfãos do Eldorado, de Milton Hatoum. Ceará, 2009. Dissertação de mestrado. Faculdade de Letras. Universidade Federal do Ceará.

SORJ, Bila. Percepções sobre esferas separadas de gênero. In: Araújo, Clara; Scalon, Celi (Org.) Gênero, família e trabalho no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005.

SOUSA, Maria do Carmo Varela de. Gravidez e Maternidade na Adolescência: Projectos Idealizados…Percursos Realizado. Bragança, 2011. Dissertação. Mestrado (Mestre em Educação Social) pela Escola Superior de Educação de Bragança.

TRIGO, M. H.; BRIOSCHI, L. Interação e comunicação no processo de pesquisa. In Lang. Alice B. Gordo (org) Reflexões sobre a pesquisa sociológica. São Paulo: Ceru, 1992.

TRINDADE, Ruth França Cizino da; ALMEIDA, Ana Maria de; ROZENDO, Célia Alves. Infidelidade Masculina e Violência Doméstica: Vivência de um grupo de Mulheres. Ciencia y Enfermeria XIV (2): 39-46. Chile, 2008.

VILANOVA, Mercedez. Pensar a subjetividade: estatísticas e fontes orais. In: MORAES, Marieta.(org.) História Oral. Rio de Janeiro.1994

ZAMPIERI, Ana Maria Fonseca. Erotismo, sexualidade, casamento e infidelidade: sexualidade conjugal e prevenção do HIV e da AIDS. São Paulo: Agora, 2004. OBRAS CONSULTADAS.