A REINVENÇÃO DA EUROPA A PARTIR DA COLONIALIDADE DA AMÉRICA

Gecilene  da Silva Oliveira; Euza Maria  Pereira da Silva; Leila Dias Pereira do Amaral

Gecilene da Silva Oliveira Universidade Estadual do Tocantins
Euza Maria Pereira da Silva Universidade Estadual do Tocantins
Leila Dias Pereira do Amaral Universidade Estadual do Tocantins

Palavras-chave: Colonialidade do Poder. Eurocentrismo. Capitalismo

Resumo

O presente artigo tem como intuito apresentar a obra A Colonialidade do Poder ,Eurocentrismo e América Latina do cientista social Aníbal Quijano, que nos conduz a uma discussão sobre a colonialidade como elemento constituído sob a esfera capitalista, concedendo aos países europeus um novo padrão mundial de dominação, revelando, assim, um legado de injustiças sociais profundas do colonialismo e do imperialismo: o exclusivismo metropolitano como marca da economia europeia para todas as colônias americanas, acentuando a imposição do modelo de capitalismo europeu no mundo; o processo de modernidade e colonialidade que sustentam as relações de poder eurocentristas iniciadas a partir da conquista da América e impostas a toda população mundial. Quijano apresenta importantes colocações, dentre elas, a imposição da ideia de raça como instrumento de dominação e a construção do Estado-nação baseada no modelo eurocêntrico.

Biografia do Autor

Gecilene da Silva Oliveira, Universidade Estadual do Tocantins

Graduada em História pela UFT, especialista em História da África - UFT. Acadêmica do Programa de Pós-Graduação em Educação, Sociedade e Violência da Unitins.

Euza Maria Pereira da Silva, Universidade Estadual do Tocantins

Graduada em Pedagogia pela Universidade Anhanguera. Acadêmica do Programa de Pós-Graduação em Educação, Sociedade e Violência da Unitins.

Leila Dias Pereira do Amaral, Universidade Estadual do Tocantins

Graduada em Ciências Sociais, Mestre em Sociologia pela Universidade Federal de Goiás-UFG e Doutora em Sociologia pela Universidade de Brasília - UnB. Como pesquisadora, desenvolve estudos na área de Sociologia da Cultura, mais especificamente, análise sociológica a partir de obras literárias - mestrado - e a relação entre cultura e consumo dos bens culturais de natureza intangível do patrimônio cultural - doutorado. Desenvolveu trabalhos em diversas universidades, tanto na área de ensino presencial e ensino à distância, quanto em áreas administrativas, atuando como diretora de extensão, membro de comissão de avaliação e membro de comitê científico. Concluiu em janeiro de 2016 a pesquisa pós-doutoral em colaboração com a Universidade da Beira Interior - UBI - Covilhã - Portugal, com ênfase em: direito à cultura e cidadania, educação patrimonial e políticas para preservação do patrimônio cultural brasileiro e português. Atualmente, atua na Universidade Estadual do Tocantins – Unitins como coordenadora do núcleo de estudos em direitos humanos e é membro da coordenadoria de programas e projetos culturais da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e assuntos comunitários.

Referências

BLAUT, J. M. The colonizer’s model of the World: geographical diffusionism and Eurocentric history. London: The Guildord Press, 1993.

DISSENHA, Rui Carlo e FREITAS, Ana Eliza de Paula. A Evolução do Conceito de Genocídio: Uma Comparação Histórica à Luz do Direito Penal Internacional. Iusgentium, v.11, n.6, p. 99-122– jan / jun– 2015.

DUSSEL, Enrique. Europa, modernidade e eurocentrismo. In: Edgardo Lander (org.). Colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Buenos Aires: Clacso, 2005. p. 24-32.

GIDDENS, Anthony. O estado-nação e a violência. Trad. Beatriz Guimarães. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2008.

LANDER, Edgardo. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latinoamericanas. Edgardo Lander (org). ColecciÛn Sur Sur, CLACSO, Ciudad AutÛnoma de Buenos Aires, Argentina. setembro 2015.

MIGNOLO, Walter. Histórias locais / projetos globais:colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003a.

________________. Para (re) pensar a América Latina: a vertente descolonial de Walter D. Mignolo. Espaço e Economia Revista brasileira de geografia econômica 5 | 2014 Ano III, Número 5. João Victor Sanches da Matta Machado. 2007.

________________. Colonialidade o lado mais escuro da modernidade. Tradução de Marco Oliveira Duke University, Durham, NC, EUA. E-mail: wmignolo@duke.edu. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Rio de Janeiro – RJ, Brasil. 2010.

PINTO, Júlio Roberto de Souda e MIGNOLO, Walter D. A modernidade é de fato universal? Reemergência, descolonização e opção decolonial. Dossiê: América como lugar de enunciação. Civitas, Porto Alegre, v.15, n 3, p. 381-402, 2015.

QUIJANO, Aníbal. 2000a “El fantasma del desarrollo en América Latina” em Revista venezolana de economía y ciencias sociales (Caracas) Nº 2.

_______________. Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina. Buenos Aires: CLACSO, 2005.

_______________. Colonialidad del Poder, Cultura y Conocimiento en América Latina. In: Anuário Mariateguiano. Lima: Amatua, v. 9, n. 9, 2002.

_______________. 2014b “Modernidad y democracia: intereses y conflictos” em Anuario Mariateguiano (Lima) Vol. XII, Nº 12. 2014.

Shilliam, Robbie. (2013). German thought and international relations: rise and fall of a liberal project. London: Palgrave Macmillan. 2013.

TELES, Daisy Bispo e MORENO, Marta Regina Fernandez y Garcia. Raça, Poder, Colonialidade do ser: Repensando A Ideia de Raça na Política Externa Brasileira. Instituto de Relações Internacionais. Disponível em: http://www.pucrio.br/pibic/relatorio_resumo2017/relatorios_pdf/ccs/IRI/RELDaisy%20Bispo%20Teles.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2019.

TORRES, Nelson Maldonaldo .Sobre lacolonialidaddel ser: contribuciones al desarrollo de un concepto. Disponível em: http://ram-wan.net/restrepo/decolonial/17-maldonado-colonialidad%20del%20ser.pdf. Acesso em: 20 fev. 2019.