O TRATAMENTO DO DEPENDENTE QUÍMICO NA POLITICA DE SAÚDE MENTAL: REALIDADE DE PALMAS-TO

  • Alessandra Ruita Santos Czapski Unitins
  • Elizangela Cunha Lopes Unitins

Resumo

A reforma psiquiátrica no Brasil foi essencial para o tratamento de pessoas com transtornos mentais ocasionados pelo uso de substancias psicoativas. Uma vez inseridos na lógica da saúde mental, o tratamento para dependentes químicos passou a seguir os critérios estabelecidos pela legislação pertinente a saúde mental no país. Diante dessa realidade foi realizado um estudo no município de Palmas junto ao CAPS-AD III, afim de conhecer se  esta instituição atua em conformidade com a Política Nacional de Saúde Mental. Para atingir o objetivo da pesquisa foi necessário realizar um estudo bibliográfico sobre a legislação pertinente a saúde mental no Brasil, dando ênfase a Lei 10.216/2001 que redireciona o modelo de assistência em saúde mental, a Portaria GM/MS nº336/02 que estabelece as modalidades dos CAPS e a Portaria n°130/12, que redefine o CAPS ad III e seus incentivos financeiros. 

Biografia do Autor

Alessandra Ruita Santos Czapski, Unitins
Mestre em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2010), Especialista em Administração e Planejamento de Projetos Sociais pela UNIGRANRIO (2007) Graduada em Serviço Social pelo Centro Luterano de Palmas (2005). Atualmente é Diretora de Ensino a Distância e professora titular da Fundação Universidade do Tocantins, atua no curso de Administração Pública UNTINS/UAB na disciplina e Metodologia Científica e no curso de Serviço Social presencial em disciplinas específicas da área. Tem experiência em capacitação de conselheiros de direitos da criança e do adolescente e conselheiros tutelares na elaboração de plano de ação e Trabalho de Conclusão de Curso TCC. Atua nos seguintes temas: educação a distância, gênero, violência doméstica contra a mulher, interdisciplinaridade e projetos sociais.
Elizangela Cunha Lopes, Unitins
Graduada em Serviço Social.

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Publicado
2016-06-21
Seção
Artigos