A REALIDADE COMO APORTE DA LITERATURA: O PRAZER E A DOR DO RECONHECIMENTO DE SE SER PELA PALAVRA
Resumo
Neste ensaio discuto as reflexões de Paul Ricoeur (1913 - 2005) sobre o processo de legitimação da constitutiva narrativa da linguagem humana em seu aspecto, como diz o filósofo, de linguagem plena, ou seja, dos símbolos, das metáforas e dos mitos. Tal linguagem é a linguagem poética. Nas experiências filosóficas, sobretudo, nos textos de Ricoeur, há esforços de reflexão centrados na linguagem nos quais se desenvolve uma teoria da interpretação em que o discurso é o seu ponto de partida e o excesso de sentido é seu horizonte de análise. Portanto, trata-se aqui de pensar a linguagem segundo uma relação entre hermenêutica e poética, já que a reflexão sobre a linguagem, para esse autor, é essencialmente conexa a uma teoria da interpretação e a sua poética narrativa. Assim, pretendo configurar, nas suas linhas estruturantes, o tema da Hermenêutica Fenomenológica, de Ricoeur, em sua relação com a Literatura.
Palavras-chave: Paul Ricoeur. Hermenêutica. Linguagem. Poética. Narrativa
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