AS CRIANÇAS SÃO CULPADAS OU VÍTIMAS DO PROCESSO DE PATOLOGIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO? REFLEXÕES À LUZ DAS EXPERIÊNCIAS VIVIDAS NO PIBID
Resumo
O processo de patologização da educação tem sido na maioria das vezes a ferramenta usada para justificar que o fracasso escolar é resultado de doenças e da não aprendizagem. Sabendo dessa realidade e entendendo que o professor não pode diagnosticar que um aluno tem necessidades especiais, algum transtorno ou síndrome, o texto em questão tem como objetivo, mostrar que não há só um protagonista no processo de patologização, posto que a escola seja formada por um coletivo de sujeitos. Tal afirmação é feita com base em nossa experiência formativa obtida por meio do Programa Institucional de Bolsas e Iniciação à Docência (PIBID) junto a uma escola da rede estadual de Tocantinópolis que se sustenta em razão de uma pesquisa realizada no período de 13 de agosto de 2018 a 10 de dezembro de 2019, que resultou no Trabalho de conclusão de curso defendido no primeiro semestre de 2019. Os dados obtidos apontam que o PIBID é essencial no processo de formação do acadêmico, pois o programa permite ampliar o olhar para a criança, a escola, e o ser pedagogo.
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Referências
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Sites consultados:
http://dx.doi.org/10.1590/2175-623642057