A VIVÊNCIA DE ESTUDANTES DE MEDICINA NAS AÇÕES DE SAÚDE À POPULAÇÃO PRIVADA DE LIBERDADE EM AUGUSTINÓPOLIS, TOCANTINS
Abstract
A criação do Sistema Único de Saúde (SUS) proporcionou a base para o surgimento de políticas públicas como a Política Nacional de Atenção Integral à População Privada de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP), que pretende concretizar os princípios da universalidade, equidade e integralidade para um grupo populacional historicamente marginalizado e recluso em ambiente propício ao desenvolvimento de doenças. Com o objetivo de relatar a vivência de estudantes de medicina nas ações de saúde à população privada de liberdade em Augustinópolis, Tocantins, o presente relato discorre, por meio de análise qualitativa e descritiva de portfólios individuais de quatro acadêmicos de medicina do primeiro período, as vivências durante as aulas práticas de Saúde Coletiva, em uma Unidade Prisional do Estado do Tocantins, coberta por uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Dito isso, constatou-se a falta de materiais adequados, as particularidades de promover saúde e a estigmatização quanto ao atendimento no ambiente prisional. Essas práticas integradas proporcionam uma aproximação precoce entre os discentes e o SUS por meio das teorizações semanais e do trabalho em equipe multiprofissional e nos fez compreender que os determinantes sociais representam desafio significativo para as autoridades penitenciárias e sanitárias, considerando-se que as questões relacionadas ao contexto de insalubridade no ambiente prisional precisam de amplas ações intersetoriais.