A (RE)ESCRITA DA HISTÓRIA DE CECÍLIA EM AS DUAS VIDAS DE CECÍLIA: SILENCIAMENTO E PATRIARCADO
Resumo
O presente trabalho analisa a obra: As duas vidas de Cecília, de Raymundo Ayres Filho, publicada em 2021. Trata-se de uma narrativa histórica acerca dos 25 anos (1926-1951) vividos por Cecília, que protagonizou uma história cerceada de incompreensões e silenciamentos impostos pelo patriarcado. Recorremos a conceitos de História e Memória, dentre outros, para melhor compreensão da referida obra. Entendemos que esta análise possibilita reflexões sobre o uso da Literatura Tocantinense como fonte histórica e também sugerimos que a obra seja utilizada de forma interdisciplinar entre as disciplinas de Português, História e Geografia do Tocantins na educação básica. Dessa forma, será uma aprendizagem significativa para o aluno, em virtude da articulação com outras áreas do conhecimento, chegando à escolarização da Literatura, preconizada por Cosson (2014).
Downloads
Referências
ADICHIE, Chimamanda N. O perigo da história única. Vídeo da palestra da escritora nigeriana no evento Technology, Entertainment and Design (TED Global 2009). Disponível em:
AYRES FILHO, Raimundo. As duas vidas de Cecília. 1ª ed. Curitiba: Talentos. 2021.
ARISTÓTELES. Arte Poética: texto integral. Tradução da Equipe Lee Livros. São Paulo: Martin Claret. 2006.
BARROS, José D’Assunção. O Campo da história: especialidades e abordagens. 2ª ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2004. P. 132 – 179.
BARROS, Marinalva do Rego. Prefácio in: AYRES FILHO, Raimundo. As duas vidas de Cecília. 1ª ed. Curitiba: Talentos. 2021.
BOURDIEU, P. A dominação masculina. 11. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,
2012.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Ensino Médio. Brasília: MEC/ Secretaria de Educação Básica, 2018.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, LDB 9394/96. Brasília, 1996.
BUTLER, Judith. Atos performativos e constituição do gênero: um ensaio sobre fenomenologia e teoria feminista. Trad.: Jamile Pinheiro Dias. Disponível em:
COMPAGNON, Antoine. O demônio da teoria: literatura e senso comum. Tradução: Cleonice Paes Barreto Mourão. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1999.
FERNANDES, Leandro dos Santos. O historiador e a literatura como fonte histórica. ISBN 978-85-8084-996-7, n. 9, p. 4-8, Nov. 2015.
ISSE, Renam Marques. O letramento literário e a escolalização da literatura infanto juvenil. Caderno Seminal, 35(35). Disponível em: https://doi.org/10.12957/cadsem.2020.48001>. Acesso em: 01 dez 2023.
NORA, Pierre. Entre a memória e a história: a problemática dos lugares. Projeto história v. 10. São Paulo. 1993. Disponível em https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/12101>. Acesso em: 01 dez 2023.
SANTOS, Zeloí Aparecida Martins dos. História e Literatura: uma relação possível. Revista Científica. Curitiba, ano II, v.2, jan-dez/2007. Disponível em: http://www.fap.pr.gov.br/arquivos/File/RevistaCientifica2/zeloidossantos.pdf>. Acesso em: 01 dez 2023.
PESAVENTO, Sandra Jatahy. História & História Cultural. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.
TODOROV, Tzevetan, A literatura em perigo, trad. Caio Meira, 4º ed. Rio de Janeiro. DIFEL, 2012.
TOCANTINS. Documento Curricular do Território do Tocantins: Linguagens. Palmas: Seduc, 2019.
___________Documento Curricular do Território do Tocantins - DCT/TO, Etapa Ensino Médio. Palmas: Seduc, 2019.
VEYNE, Paul. Como se escreve a História. 4. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1998.
