O CORPO GÓTICO SEGUNDO FRANKENSTEIN (1831): ENTRE A EMOTIVIDADE E A MONSTRUOSIDADE
Resumo
A proposta do presente artigo é analisar a figuração literária da emotividade em Frankenstein (1831), romance da escritora inglesa Mary Shelley, a partir de uma estética romântica e de uma perspectiva histórica. Logo, é necessário perceber a historicidade desta obra como um aspecto da dimensão estética formal seguindo uma tradição que evita, por um lado, uma análise puramente formalista e por outro, uma análise contextualista e sociologizante. O artigo busca também discutir a possibilidade de construir uma análise acerca da emotividade no romance com base na história social das emoções.
Downloads
Referências
FRYE, Northrop. A Study of English Romanticism. Chicago: The University of Chicago Press, 1982.
HINDLE, Maurice. Frankenstein (Penguin Critical Studies). Bungay: Penguin Books, 1994.
HURLEY, Kelly. British Gothic fiction, 1885-1930. In: HOGLE, Jerrold E. (Org.). The Cambridge Companion to Gothic Fiction. Cambridge: Cambridge University Press, 2014. P. 189-208.
____________. The Gothic Body: Sexuality, Materialism, and Degeneration at the Fin de Siècle. Cambridge: Cambridge University Press, 2004, p. 3-20.
MOUSLEY, Andy. The Posthuman. In: SMITH, Andrew (Org.). The Cambridge Companion to Frankenstein. Nova York: Cambridge University Press, 2016, p. 158-174.
ROSENWEIN, B. H.. História das emoções: problemas e métodos. São Paulo: Letra e Voz, 2011 [2010].
ROSENWEIN, B. H., CRISTIANI, R.. What is the History of Emotions? Cambridge: Polity Press, 2018. (Capítulo 3 e conclusão)
SHELLEY, Mary. Frankenstein: ou o Prometeu moderno. São Paulo: Penquin-Companhia, 2015.
SHELLEY, Mary; BENNETT, Betty T. (Org.). Selected Letters of Mary Wollstonecraft Shelley. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 1995.