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Tomando a Comunicação como uma das formas mais poderosas de presença humana, trabalhar com uma Geografia da Comunicação envolve reconhecer um lugar como espaço de cultura e de mídia. A responsabilidade que nasce desta tarefa é das mais nobres: colocar o lugar no mapa, que é a plataforma de aceitação geográfica nas ciências. E que não se engane: é tarefa múltipla. Não passa só por ver como os veículos ocuparam e seguem ocupando o espaço. Nem é só identificar e descrever o olhar com o qual eles retratam esse espaço. É também entender que novos lugares se criam dentro da própria mídia. Ela entrega um novo imaginário para o público – ou antes, ambos, mídias e público, negociam inéditas imaginações. Este desafio foi ao que se propôs o Mapa da Mídia do Tocantins, projeto do Grupo de Pesquisa em Jornalismo e Multimídia (Nepjor), da Universidade Federal do Tocantins, e que encontra nesta edição uma espécie de memorial da sua ação e dos seus resultados. O projeto se iniciou em 2015, estimulado pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) da UFT, e teve o objetivo de realizar um catálogo sistematizado dos veículos de comunicação de todo o Tocantins. Os dados recolhidos precisariam ser disponibilizados em uma plataforma acessível a todo o público que necessitasse usar esta base para outros estudos. Justamente por isto, uma urgência, nestes anos de Mapa, foi a atualização de informações, ainda mais por tratar-se de um estado com bastante inconstância no estabelecimento de jornais, rádios, TVs, sites etc.