QUALIDADE PÓS-COLHEITA DE GOIABAS ‘PEDRO SATO’ TRATADAS COM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE FÉCULA DE MANDIOCA ASSOCIADAS A SUBSTÂNCIAS ANTIFÚNGICAS

  • Aroldo Gomes Filho Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - IFNMG
  • Thamiris Fernandes de Oliveira Mestranda Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF
  • Sirlene Lopes de Oliveira Discente no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - IFNMG
  • Geovana Gonçalves Silva Discente no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - IFNMG
  • Larissa Moreira Chaga Discente no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - IFNMG

Resumo

A goiaba ocupa lugar expressivo no ramo da fruticultura, no entanto, apresenta curto período de pós-colheita devido às altas taxas de transpiração e perda de massa. O uso de biofilme tem sido uma alternativa para prolongar o tempo de conservação pós-colheita. O presente trabalho teve por objetivo determinar a melhor concentração de biofilme à base de fécula de mandioca e extratos vegetais na conservação pós-colheita de goiabas (Psidium guajava L.) variedade ‘Pedro Sato’, armazenadas em temperatura ± 25°C e umidade relativa de ± 65%, sem reduzir a aceitação do fruto pelo consumidor. Os frutos, adquiridos em pomar comercial no estádio de maturação, foram cobertos com biofilmes à base de fécula de mandioca a 3 e 5%, e associados a diferentes concentrações de extratos de cravo da índia (Syzygium aromaticum L.) e melão-de-são-caetano (Momordica charantia L.). As análises foram realizadas no intervalo de dois dias durante o período de 9 dias de armazenamento.  Avaliou-se perda de massa fresca (PMF), acidez titulável (AT), pH, sólidos solúveis (SS), incidência de patógenos e análise sensorial. Para avaliação dos atributos de qualidade utilizou-se delineamento experimental inteiramente casualizado (DIC), em esquema fatorial, 7 x 5 correspondendo aos 7 tratamentos e aos 5 dias de avaliações respectivamente, a unidade experimental foi composta por dois frutos e três repetições, e para análise sensorial foi utilizado o método de correlação de notas atribuídas por cada julgador não treinado. Os resultados mostraram que os dias de armazenamento influenciaram PMF, SS, e AT, para a variável pH não houve influência. Os biofilmes mostraram-se eficientes no controle de doenças pós-colheita e de maneira geral os revestimentos em todas as formulações foram bem aceitos pelos provadores.

Biografia do Autor

Aroldo Gomes Filho, Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - IFNMG
Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual de Montes Claros (2003), Mestrado em Produção Vegetal pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (2005) e Doutorado em Genética e Melhoramento de plantas pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (2009). Atualmente é professor efetivo do Instituto Federal Norte de Minas Gerais -IFNMG, sendo o responsável pelas disciplina de Genética e Melhoramento Genético Vegetal. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fisiologia Vegetal e Melhoramento de Plantas, atuando principalmente nos seguintes temas: papaya, distúrbio fisiológico, lâminas de irrigação, divergência genética, Psidium guajava, caracterização físico-química, Adaptabilidade e estabilidade de genótipos e variedades crioulas. 
Thamiris Fernandes de Oliveira, Mestranda Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF
Mestranda Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF com experiência na área de Pós-colheita de Frutas e Hortaliças.
Sirlene Lopes de Oliveira, Discente no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - IFNMG
Discente no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - IFNMG, bolsista de IC atuando na área de Fitotecnia.
Geovana Gonçalves Silva, Discente no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - IFNMG
Discente no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - IFNMG, voluntária em trabalhos de IC, atuando na área de Fitotecnia.
Larissa Moreira Chaga, Discente no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - IFNMG
Discente no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - IFNMG, voluntária em trabalhos de IC, atuando na área de Fitotecnia.

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Publicado
2016-12-20
Como Citar
Gomes Filho, A., Oliveira, T. F. de, Oliveira, S. L. de, Silva, G. G., & Chaga, L. M. (2016). QUALIDADE PÓS-COLHEITA DE GOIABAS ‘PEDRO SATO’ TRATADAS COM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE FÉCULA DE MANDIOCA ASSOCIADAS A SUBSTÂNCIAS ANTIFÚNGICAS. AGRI-ENVIRONMENTAL SCIENCES, 2(1), 37-51. https://doi.org/10.36725/agries.v2i1.189
Seção
Artigo científico

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